De acordo com dados do Cadastro-Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) divulgados, na última quarta-feira (14), pelo ministro do
Trabalho e Emprego, Manoel Dias, em Salvador, o mercado formal brasileiro gerou
em 2014 um total de 912.287 postos de trabalho. Em outubro, com a demissão de
1.718.373 contra 1.748.656 desligamentos, ocorreu uma retração de 30.283 postos
de trabalho, correspondendo uma variação negativa de 0,07% em relação ao
estoque do mês anterior. No período de janeiro de 2011 a outubro de 2014, a
elevação foi de 13,14%, correspondendo um aumento de 5.792.365 postos de
trabalho ao estoque de empregos formais.
O resultado negativo do mês foi puxado, principalmente, pela
perda de postos na Construção Civil (-33.556) e agricultura (-19.624), mas a
queda foi verificada em 5 dos oito setores da economia. A variação positiva foi
verificada nos setores do comércio (32.771), serviços (2.433) e setor público
(184) postos gerados.
O desempenho negativo da Indústria de Transformação ocorreu
em nove dos doze ramos. Os maiores recuos foram registrados na Indústria de
Material de Transportes (-3.442 postos), Indústria Têxtil (-2.313 postos) e
Metalúrgica (-2.261 postos). Os saldos positivos no emprego foram observados na
Indústria de Produtos Alimentícios (2.896 postos) e Indústria da Madeira e do
Mobiliário (+1.090 postos),
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, a
redução de 30 mil postos de trabalho não era esperada pelo governo, pois,
tradicionalmente essa queda só é verificada em dezembro, quando as demissões
são mais fortes.
Para o ministro, o desempenho foi duramente impactado pelo
clima de expectativa em torno da eleição quando o país parou para votar e a
crise continuou apertando. “As demissões foram feitas, mas as contratações
ficaram para depois”, avaliou o ministro, salientando que é provável que tenhamos
uma geração menor que hum milhão de empregos no ano. “Com as demissões em
dezembro, provavelmente vamos ficar com uma meta abaixo de hum milhão de
empregos” frisou.
Dias lembrou também dos fatores climáticos, como a seca no
sudeste, que atingiu seu pior momento, além dos fatores sazonais, atribuídos à
agricultura, especialmente a cultura do café. “Mas esperamos um mês de novembro
melhor, tendo em vista, por exemplo, que temos notícias sobre a assinatura de
muitos novos contratos e contratações em massa na construção civil, além dos
impactos positivos da oferta de crédito e de investimentos estrangeiros, que
não cessaram mesmo com as eleições”, afirmou o ministro.
Nos estados - A análise geográfica revela que dentre as 27
unidades da Federação, onze apresentaram aumento no nível de emprego no mês em
análise.
Os destaques
positivos couberam aos estados de Alagoas (+7.735 postos), Ceará (+7.363
postos) e Santa Catarina (+4.973 postos). As maiores quedas foram registradas
nos estados de São Paulo (-21.886 postos), Minas Gerais (-8.331 postos) e Bahia
(-6.207 postos).
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