O Projeto A VALE, A VACA E A PENA atinge a “maioridade
relativa”. No dia 6 de maio completa 18 anos.
Embora uma serie de fatores (lugar, posição, dimensões, materiais,
metodologia, data, período do ano) sejam controlados todos os anos, em nossa
“instalação” nada é quantificado ou submetido a analise. Nosso teste para
identificar a presença de ferro na poeira é feito com um ímã comum, desses que
enfeitam geladeiras.
A experimentação é simples, sem risco, e pode ser feita por
crianças. (Vídeo demonstrativo na página inicial do nosso site:
www.galveas.com.)
Não há pretensão cientifica. Nossa instalação é uma
provocação artística, que coleciona frustrações. Não conseguimos sensibilizar
as empresas poluidoras, o governo, políticos, mídia, universidades e
instituições, mas apenas algumas organizações da sociedade civil, para uma
reflexão profunda sobre a ocupação da faixa mais nobre do nosso precioso
litoral com polos gigantescos de atividade siderúrgica, contrariando a sua
vocação para moradia, turismo, esporte, lazer, pesca, cultivo de frutos do mar
e alguns portos.
Nossas universidades de cultura livresca, que reproduzem
informações em vez de gerar conhecimentos, são seguidas pelas escolas que
estudam ciências repetindo experiências. Sem fazerem investigações próprias,
desprezam o nosso ambiente.
Três elementos (ferro, níquel, cobalto) são atraídos por
imã. No Espírito Santo não há registro de empresas manipulando volumes
significativos de níquel ou cobalto. Já o ferro rola em quantidade
impressionante na Ponta de Tubarão.
Observando a poeira que se depositou sobre as telas da
provocação artística A VALE, A VACA E A PENA, em 2013, notamos que o volume
total de partículas diminuiu. O carvão
deixou de ser componente expressivo do pó preto que chega até nós, na Barra do Jucu.
Reduzido esse componente, nossa percepção é de um
significativo aumento do percentual de partículas de ferro na composição da
poeira, mantendo o “pó preto”. Poluição
atmosférica visível que respiramos obrigatoriamente, em toda Grande Vitória e
arredores.
Verifique a incidência de ferro em sua própria casa, ou
escola. Faça experiências. Esta é uma provocação feita anualmente, há 18 anos!
Kleber Galvêas, pintor.
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