domingo, 25 de maio de 2014

Maioridade relativa de uma instalação muito simples.


O Projeto A VALE, A VACA E A PENA atinge a “maioridade relativa”. No dia 6 de maio completa 18 anos.
Embora uma serie de fatores (lugar, posição, dimensões, materiais, metodologia, data, período do ano) sejam controlados todos os anos, em nossa “instalação” nada é quantificado ou submetido a analise. Nosso teste para identificar a presença de ferro na poeira é feito com um ímã comum, desses que enfeitam geladeiras.
A experimentação é simples, sem risco, e pode ser feita por crianças. (Vídeo demonstrativo na página inicial do nosso site: www.galveas.com.)
Não há pretensão cientifica. Nossa instalação é uma provocação artística, que coleciona frustrações. Não conseguimos sensibilizar as empresas poluidoras, o governo, políticos, mídia, universidades e instituições, mas apenas algumas organizações da sociedade civil, para uma reflexão profunda sobre a ocupação da faixa mais nobre do nosso precioso litoral com polos gigantescos de atividade siderúrgica, contrariando a sua vocação para moradia, turismo, esporte, lazer, pesca, cultivo de frutos do mar e alguns portos.
Nossas universidades de cultura livresca, que reproduzem informações em vez de gerar conhecimentos, são seguidas pelas escolas que estudam ciências repetindo experiências. Sem fazerem investigações próprias, desprezam o nosso ambiente.
Três elementos (ferro, níquel, cobalto) são atraídos por imã. No Espírito Santo não há registro de empresas manipulando volumes significativos de níquel ou cobalto. Já o ferro rola em quantidade impressionante na Ponta de Tubarão.
Observando a poeira que se depositou sobre as telas da provocação artística A VALE, A VACA E A PENA, em 2013, notamos que o volume total de partículas diminuiu.  O carvão deixou de ser componente expressivo do pó preto que  chega até nós, na Barra do Jucu.
Reduzido esse componente, nossa percepção é de um significativo aumento do percentual de partículas de ferro na composição da poeira,  mantendo o “pó preto”. Poluição atmosférica visível que respiramos obrigatoriamente, em toda Grande Vitória e arredores.
Verifique a incidência de ferro em sua própria casa, ou escola. Faça experiências. Esta é uma provocação feita anualmente, há 18 anos!

Kleber Galvêas, pintor.

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