sexta-feira, 23 de maio de 2014

A Terceira Ponte já está paga! A afirmação é do ex-governador Max Mauro


A série de protestos ocorridos no ano passado em Vitória sobre o fechamento do pedágio da Terceira Ponte, solicitado pelos protestantes ensejou que a reportagem deste jornal procurasse o ex-governador Max de Freitas Mauro para que ele pudesse nos contar detalhes sobre a história da Terceira Ponte e do Pedágio. Em seu escritório particular localizado no centro de Vila Velha, entre tantos outros assuntos debatidos nessa entrevista, o ex-governador foi taxativo ao afirmar com todas as letras:
- A Terceira Ponte já está paga desde 1999, afirmou.
Max contou que o pedágio surgiu quando em seu mandato de governador ele não encontrava meios de resolver o problema, uma vez que o governo federal havia blindado o estado do Espírito Santo, e não permitia que o governo pudesse tomar empréstimos com a União, com outras autarquias federais e muito menos com o exterior, uma vez que Sarney havia decretado a moratória do país.
- Dessa forma, eu não tinha meios de buscar recursos para concluir a obra que já estava quase no final, relatou.


Mas a resolução do problema ocorreu por força de circunstâncias que vieram em benefício do estado do Espírito Santo, do qual ele se aproveitou para forçar a barra com o ex-presidente da República José Sarney.
- No início Sarney havia ajudado, mas no final deixou de colaborar com o estado. Para minha sorte, José Ignácio Ferreira, estava abrindo uma CPI contra Sarney. Então o ex-presidente ligou para mim, pedindo para que José Ignácio voltasse atrás, mas eu aleguei que não tinha mais contato com ele, por questões partidárias. Fiz isso para forçar uma barra e no final consegui resolver o problema por uma outra forma, através de empresas particulares junto ao BNDES. E propus que eles terminassem o restante da obra e teriam a disposição 20 anos para explorar o pedágio da ponte que já estava construído, afirmou.
Dessa forma, do final do seu mandato, o pedágio da ponte seria explorado até 1999, e com o fato de que o Governo do Estado estava fiscalizando e controlando a receita dos pedágios para comprovar que a mesma havia sido paga.
- No governo seguinte, de Vitor Buaiz, o mesmo deixou de fazer a fiscalização do pedágio e ainda por cima, criou uma licitação para exploração do pedágio por mais 25 anos com direito de renovação para mais 25 anos, ou seja, uma renovação de 50 anos de exploração efetuada por essa empresa que atualmente é a Rodosol, afirmou.
Outro fato bem lembrado pelo ex-Governador é que a nova empresa, Rodosol, alterou o marco da rodovia para o pedágio da ponte, e federalizando trechos das Avenida Carioca, Rua Francelina Setúbal e Antonio Atayde, para exploração do trecho. Uma federalização feita sob encomenda, concluiu.

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