domingo, 30 de junho de 2013

E ainda ...

PARA CONTROLE DA EPIDEMIAA sessão de terça-feira (28), na Câmara de Vila Velha, foi marcada pela apresentação de inúmeras propostas para ajudar no controle da epidemia de dengue em Vila Velha. Praticamente todos os vereadores da Casa se manifestaram sobre o assunto, visto que ninguém está livre da dengue no município e somente nestes cinco primeiros meses do ano, a doença já fez mais de 4.300 vítimas em Vila Velha, sendo 110 casos graves e um óbito.

CENTRAIS DE COLETA DE ENTULHO - O vereador Andinho Almeida (PMDB), vice-presidente da Câmara, propõe a realização de um trabalho integrado, envolvendo várias secretarias municipais, para a prevenção e o combate à dengue em Vila Velha. Segundo ele, a Prefeitura deveria criar, ainda, Centrais de Captação de Entulho em cada região da cidade, evitando que resíduos desse tipo – que podem facilmente abrigar focos do mosquito da dengue – sejam jogados de forma irregular em terrenos baldios e em locais de grande incidência da doença, o que agravaria a epidemia.

MULTAS MAIS PESADAS - O vereador Arnaldinho Borgo (MD) defende a aplicação de multas pesadas para empreiteiros da construção civil, proprietários de terrenos baldios e donos de imóveis abandonados que sejam reincidentes em notificações e que continuem inadimplentes com suas responsabilidades. “Quem negligencia a necessidade de manter a limpeza dos imóveis e os cuidados necessários para evitar o surgimento de novos focos do mosquito da dengue deve ser penalizado. Quando dói no bolso, as pessoas tendem a ficar mais cuidadosas e atentas para com as suas obrigações de cidadãos”, lembrou o vereador.

VALORIZAÇÃO DOS AGENTES - O líder do prefeito na Câmara, vereador Joel Rangel (PR), ficou sensibilizado com as reivindicações apresentadas pelos agentes do serviço de combate à dengue e afirmou que o município deveria valorizar mais o trabalho desses profissionais, que estão sobrecarregados, atuando em condições ruins e com salários abaixo do ideal. “Também acho que os agentes deveriam atuar nos próprios bairros onde residem, ou nos bairros mais próximos. Isso facilitaria o trabalho de prevenção e de combate aos focos da dengue, além de reduzir o tempo de deslocamento dos agentes – de casa até os locais de trabalho – e o custo do transporte”, disse Rangel.

CONCURSO PÚBLICO -  Os vereadores João Artem (PSB) e Marcos Rodrigues (PP) compartilharam outras propostas. Artem defende a realização de um grande concurso público para agente de combate à dengue, pois considera estratégico manter as equipes trabalhando o ano inteiro, todos os anos, sem que haja qualquer descontinuidade no serviço, devido à expiração dos contratos temporários. Marcos Rodrigues acha que a jornada diária dos agentes deveria ser reduzida de 6 para 8 horas, como era antes. “Ninguém consegue bons resultados trabalhando sobrecarregado. Por isso acho que a PMVV deveria contratar mais agentes e aumentar os salários da categoria, para motivar as equipes a obterem resultados melhores”, disse.

FISCALIZAÇÃO INTENSIVA - Ricardo Chiabai (MD), por sua vez, disse estar bastante preocupado com a falta de atitude dos donos de áreas particulares, que deveriam mantê-las limpas. “Estamos fazendo um levantamento para identificar os proprietários de todos os terrenos baldios existentes nos bairros da Região I, onde os índices da epidemia de dengue estão aumentando. De posse dessas informações, vamos cobrar providências à PMVV. Na minha opinião, as secretarias municipais deveriam atuar em conjunto para fiscalizar e notificar esses proprietários por desrespeito às determinações da Vigilância Epidemiológica do município. Também temos o Código de Posturas, que pode balizar nossas ações”, informou.

CONTINUIDADE DAS AÇÕES - Por fim, o vereador Zé Nilton (PT) lamentou que o serviço de combate à dengue fique comprometido toda vez que município muda de prefeito. “Sabemos que o povo tem sua parcela de culpa na prevenção aos focos do mosquito, mas a municipalidade também tem culpa. Sempre que ocorre uma mudança de administração, o combate à dengue acaba sofrendo interrupções e a Prefeitura tem que começar tudo do zero novamente. Isso precisa acabar. O serviço tem que continuar de forma ininterrupta e permanente, todos os anos, independente do prefeito que entra ou sai. Daí a necessidade de que os agentes sejam efetivos e não temporários. Além disso, as ações educativas têm que acontecer o ano inteiro, e não apenas durante o período de incidência da epidemia”.

SALAS DE ATENDIMENTO -  Zé Nilton também cobrou melhor estrutura de trabalho nas sala de atendimento aos pacientes da dengue que funcionam em algumas unidades de saúde de Vila Velha, incluindo o Pronto Atendimento da Glória. “Essas salas só têm médicos, mas faltam técnicos e enfermeiros, profissionais de grande importância, que ajudam nos atendimentos e nos procedimentos referentes ao tratamento. Recebi a informação de que, em breve, a prefeitura contratará mais 20 técnicos e 10 enfermeiros para darem apoio aos pacientes da dengue”.

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