A atuação considerada ruim, por parte da Cesan, no município
de Vila Velha foi, mais uma vez, lembrada em plenário, durante sessão desta
terça-feira (24/09) na Câmara Municipal. O líder do prefeito na Casa, vereador
Joel Rangel (PSB) fez uma retrospectiva dos investimentos da Cesan no município
e destacou que, apenas este ano, Vila Velha já ficou 12 vezes sem o
fornecimento regular de água, "um verdadeiro absurdo", ressalta Joel.
"Precisamos rever esse contrato que tanto discutimos em
plenário. É um absurdo termos a captação de água interrompida tantas vezes este
ano. Fazendo um levantamento das ações da Cesan, desde o princípio de suas
atividades, identificamos algumas atuações duvidosas da empresa, que acabaram
esquecidas. A começar pelo Programa de Despoluição dos Ecossistemas Litorâneos
(Prodespol), em que foram investidos milhões em tubulações importadas da França
que, na verdade, ligaram nada a lugar nenhum", lembrou ele.
Segundo Joel, anos depois, o Prodespol deu lugar ao Prodesan
(Programa de Despoluição e Saneamento do Espírito Santo) e, mais recentemente,
surgiu o programa "Águas Limpas", que gerou um aumento de 80% no
valor das tarifas pagas pela população. "A Câmara de Vila Velha tem poder
para discutir esse assunto e a Cesan não pode se ausentar do debate, como fez a
Rodosol. Queremos que Vila Velha tenha 100% de esgoto tratado e que os rios
sejam limpos. E isso não é um favor, mas uma obrigação, pois pagamos muito caro
pelos serviços de esgotamento sanitário", apontou Rangel.
Dando continuidade a sua queixa, o líder do prefeito na
Câmara informou que o Governo Municipal repreendeu as ações da Cesan em vias
recém-recapeadas pela prefeitura, após obras de instalação de redes adutoras e
de distribuição. Ele lembrou, ainda, de um Projeto de Lei de sua autoria, que
foi sancionado em seu mandato anterior, propondo que fosse feito um depósito
caução para o município, como garantia da qualidade do serviço de restauração.
"A Cesan é responsável por inúmeros danos causados à
pavimentação asfáltica em diversas vias públicas da cidade. Mas a empresa não
tem zelado pelos reparos necessários para regularizar a situação dessas vias,
que depois da conclusão das obras ficam cheias de irregularidades, afundamentos
e buracos. A lei que criamos obriga as empresas a efetuarem depósito de caução
para garantir o ressarcimento de eventuais prejuízos provenientes de reparação
mal realizada na pavimentação de ruas e calçadas, em razão de obras realizadas
em vias públicas. Porém, na prática, as empresas insistem em descumprir essa
lei", salientou Joel Rangel.
06 de julho de 2013, buraco na Rua Cabo Aylson Simões, próximo ao Santuário Divino Espírito Santo.
Rua Cabo Aylson Silmões, Centro, mesmo local da foto anterior | |||
02/08/2013 - Canal Guaranhuns entre as Ruas 38 e 42
no Bairro Santa Mônica Popular, Gaivotas e Ilha dos Bentos.
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